O mel da noite
Os campos marcados pelos longos olhares buscam o desconhecido
Em sua plenitude de dessemelhanças
Lá, no horizonte inatingível o fio perdido
A divisa entre a terra e o ar
Lá longe os pastos da paz
Intocados
Aqui, mora na janela de um trem qualquer
A fisionomia riscada como em um mapa
Os rios e os afluentes no rosto pálido
Pelo canto da boca desliza para o colo
O mel da noite
Nos cabelos da mulher o vento cospe cristais, de açoite