SOLIDÃO EXTREMA
Na pele fria, queima o medo
No rosto fino, escorre sangue
Nas mãos magras os bichos andam
Nas pernas moles a gangrena sobe
Nas lágrimas a graxa suja
Nos cabelos a gordura velha
No olhar uma escuridão sem fim
No peito uma sede de justiça
A garganta seca, a saliva é escassa
Quer correr
Quer gritar
mas está tão só neste mundo vil