Jornada

A estrada vai, serpenteia

bem além de minha vista.

Se faz sol, se tempesteia,

cruzo o solo, arquivista.

Pássaros voam, eu gravo

melodias na memória.

Sinto a grama, cheiro o cravo,

perfumando minha história.

Se vou lento, é de descaso.

Se vou triste, é que magoa.

Me acompanham por acaso,

só teu vento e tua garoa.

Sob a sombra de um Carvalho,

eu descanso o meu castigo.

Tão volátil quanto orvalho,

sonhar um dia estar contigo.

Se quiseres, podes vir,

viver em minha cabana.

Eu prometo: vais sorrir.

É tão linda tal Jornada.

Fernando de Sá
Enviado por Fernando de Sá em 15/03/2013
Código do texto: T4189255
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