Intempéries
Doura o céu imensa estrela,
Donde há luz á radiar
E,que cintila no espelho
Das águas infindas do mar.
Em revolto assanha a espuma,o vento,
Á assobiar.
E com sopro conduz as vagas
Que se findam
Á beira mar.
Em denso véu se formam as brumas,
Sons de bombos a ribombar
O negro céu se vira em riscos,
Luz de lampejo a rutilar.
Na boca da noite, à noite, deglutiu ás estrelas
Satélite de prata fugiu se escondeu.
Derramaram-se as nuvens...
E ao romper da aurora...
Sobre um manto azul a estrela nasceu.