Rimas sem Teorias

Quanta eloqüência eficaz

As luzes refletem a imensidão da rua

Os artefatos inibem o feitor

A perspicácia afasta o temor

Quando nos encontramos, rogamos a Deus e acompanhamos o andor

Os holofotes reluzem ao anoitecer

Galanteios atrelam suspiros aos remorsos

O menestrel avisa que vai agir

Enfurecido por causa das rebeliões

Brinquedos quebrados sem arranhões

Molduram o equilíbrio do estandarte

Embrulhados em papel laminado

Aparecem os brincos que não tem dono

O compositor passa a noite inteira sem sono

Garimpeiros desmatam e descobrem o tesouro

Não sabem nem o que buscam

Pedras preciosas esmeraldas ou pepitas de ouro

Resplandece o minério na redoma de vidro

A música toca e me toca os ouvidos

O verso se mistura ao trecho não lido

O papel solto ao vento sem fronteiras

Quando tocam as trombetas, surgem imediatos arrepios

O vinho da velha safra já foi consumido

Catálogos expõem alternativas

No tempo do trem, usava-se também o termo locomotiva

O poeta esbraveja, escreve seus traços rimando pelo avesso

Procura dedicar a alguém, mas não encontrou a forma positiva.

A rima se serve da prosa e o verso ajuda a entoar a canção

Juntando as palavras, firmando o teor de cada uma delas

Posso afirmar que todas são dotadas de emoção

Saem com fluência, do fundo do meu coração.

Autor: Paulo Vasconcellos, integrante da Academia Capanemense de Letras e Artes, titular da Cadeira Nº 5.

Paulo Vasconcellos
Enviado por Paulo Vasconcellos em 14/03/2013
Código do texto: T4188638
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