Sem desculpas

Desculpas estás a pedir,
Mas nunca terás de carpir
Por ele, que te abandonou.
Eu ocupei teus espaços,
Quando, partido e aos pedaços
Teu coração desmoronou.

T'ualma então raquítica...
Cumprindo lei da física
Preenchi o abandonado.
Dei-te lascívia e ternura
Resgatei da sepultura
Vida tua: o meu legado.

No itinerário outras fêmeas,
Mas de mim, nunca almas gêmeas.
Viestes ser a primeira,
Acho que a última também
Já que te sinto para além
De ventura passageira.




Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 14/03/2013
Reeditado em 14/03/2013
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