Enfim
A ponta que aponta
para o fio que enfim
desaponta e por fim acaba,
desponta no ponto que afia
a faca que corta o lombo
da vaca que tomba na sombra.
E o tongo do mongo que tocou o gongo
pensou que a vaca sabia que a faca
cortava seu lombo para alimentar
o quilombo que dançava ao som
do atabaque para esquecer que o
ataque frustrava o saque, o achaque,
o toque mágico da tuba, do choque,
do confronto de raças, do baque
surdo ao cair a tarde, ocultando
dos olhos do mundo o esconderijo.