CAFÉ DA MANHÃ
O aroma insinuante do café
O calor perfumado do pão
Emolduram minha manhã reticente
É como se o tempo vagasse,
Por entre eles,
Sem esperar nada.
Alinho a boca à xicara
Amiúdo os olhos, procurando,
Algo que nem mesmo sei,
Mas nada acontece, concluo.
Ao longe, sempre um cão ladra
E nos intervalos de sua ode,
Os passarinhos matutinos,
Declamam seus cânticos.
Parecem dizer, ora o cão,
Ora os pássaros:
Vai, bebe mais um gole,
Morde mais uma fatia.
Eu obedeço.
Nessas horas, parece-me,
Que a vida esquece-se de viver,
Só para estar ali, contemplativa.
Mas é momento e esvai, feito neblina,
Quando o calor desce.
Acaba café, vai-se o pão,
O cão não para e nem as aves.
A monotonia cutuca meu ombro esquerdo,
Dá-me um bom dia,
E me empurra para um novo
Recomeço.
O aroma insinuante do café
O calor perfumado do pão
Emolduram minha manhã reticente
É como se o tempo vagasse,
Por entre eles,
Sem esperar nada.
Alinho a boca à xicara
Amiúdo os olhos, procurando,
Algo que nem mesmo sei,
Mas nada acontece, concluo.
Ao longe, sempre um cão ladra
E nos intervalos de sua ode,
Os passarinhos matutinos,
Declamam seus cânticos.
Parecem dizer, ora o cão,
Ora os pássaros:
Vai, bebe mais um gole,
Morde mais uma fatia.
Eu obedeço.
Nessas horas, parece-me,
Que a vida esquece-se de viver,
Só para estar ali, contemplativa.
Mas é momento e esvai, feito neblina,
Quando o calor desce.
Acaba café, vai-se o pão,
O cão não para e nem as aves.
A monotonia cutuca meu ombro esquerdo,
Dá-me um bom dia,
E me empurra para um novo
Recomeço.