Mercado
Avê tecnologia!...
Avê velocidade dia a dia.
Mata-se, salvava-se e engana-se.
Compra-se, vende-se casas, carros, mulheres...Vidas
Desrespeitam os respeitáveis;
Desrespeitam os miséraveis;
As leis não inibem;
A justiça suicida-se e a democracia
Guarda suas respostas na esperança.
O povo, o clero e a nobreza esperam;
Esperam...Apenas aplaudem.
Os médicos compram seus lugares;
Mendigos ocultam seus males,
Políticos se reelegem,
As ruas são oficinas,
Quitandas e ruinas...
Enquanto todos atrás dos muros, entre lágrimas, gritos e gemidos;
Vícios e dores, tristezas e amores fingem viver.
Corrupção e irresponsabilidades são negociadas em ouro.
Quem compra são tolos,
Que não podem ver além dos olhos.
Que fazem o sistema rasteiro.
Futilidades pra cá;
Futilidades prá lá...
Todos estão sambando...
Deixando que o dia amanheça sem a sua essência.
Se não podemos comprar;
Se não podemos vender...
Se não podemos inventar...
Que seja permitido nascer a vontade de amar,
Para que, ao menos se possa aprender a doar.