Segredos
Segredos que alento em meu
Mais longínquo recôndito
Mantenho-os assim
Não por receio algum
Mas porque preciso tê-los
Peço-lhe que me conceda o silêncio
Se por fora estou frio como um fosso
Por dentro, ardo como a estrela
Que cintila no alvorecer
Há uma gruta em que nela atirei
Estes segredos mais sombrios
Lá estão imersos e não há razão
Para emergi-los a superfície
E se por ventura, vir a insistir
Só resta a mim, negá-los
Entenda, por obséquio
Nem tudo pode ser partilhado.