Tédio
Assim, sem nada feito ou por fazer
Mal acostumado ou sonhando em pensar
Perdura os meus dias a entreter
A inquietude de minh’ alma a sonhar
As horas que passam sem proveito
Com o leve correr do dia sem ação
Estendem-se no ar sem defeito
Apreciando mais uma noite sem oração
A nostalgia que macula a mocidade
Desvanece a imagem que possuía da esperança
Daquele descaso que a impaciência me invade
E da falsa mocidade que me cansa
O meu corpo sem andar, encontra-se quieto
Vadio, sem nada para alguém acrescentar
Vê a exaustão o tomar por completo
E o tédio o extenuar