Poesia do Ringue
I
Não sei o que você faz com você,
mas sei o que faz comigo
traz a sensação de eu estar em desvantagem num ringue
onde não tenha quem me vingue
e eu fique à mercê do término dos round’s
II
Não minto, na verdade me sinto
um lutador de UFC
que mesmo apanhando e sem defesa,
não usa de alguma desculpa
por sangrar,
mas suporta e continua
até o final da luta pra poder se levantar
III
É assim que você me abate.
Eu apanhando da saudade
que vai abrindo os cortes
e ferimentos
das mínimas expectativas que vão crescendo
enquanto espero que volte
IV
E nas horas de acordar
só o despertador sabe a dor que dá
pra abrir os olhos meus e não lembrar dos teus
além da dificuldade de esconder os roxos e as marcas
de mais uma noite de luta que me venceu