Do Pó ao Pó

Deceparam minha alegria

e se esqueceram de avisar

esqueceram-se da nostalgia

e que a morte leve paira no ar.

É uma pena essa vida cigana

mas, a dor é irremediável

e as sensações desenganam

aquilo tudo que pensei ser real.

Já não sou nenhum menino

e meu coração aprendeu a sofrer

só não caio algures em desatinos

e você, não me deixe falecer;

pois da morte já basta o que sinto

que dissolve as lâminas e os ossos da vida

e arrebenta em aroma absinto

essa busca as graças da lida.

E nas efígies lembranças do beijo

último gesto carinhoso e valioso

antes que a carne se esvaiu de alma

e o corpo adormeceu e retornou ao pó.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 13/03/2013
Código do texto: T4186730
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.