TALVEZ ESCRITOR... ***
EU não escrevo por profissão.
EU escrevo por necessidade do CORAÇÃO.
Desnudar a alma pede-me a vida -- a cada vez que EU entro em contato com o mundo e comigo.
EU não sou poeta, nem literato; talvez escritor...
Mesmo escritor, escritor de mim mesmo; dos meus desassossegos íntimos e sociais.
EU não burilo o vocabulário, nem metaforizo o necessário...
Sou apenas, um EU-profundo, e constantemente exigindo expressão.
EU não colido minha rota com a arte e com o reconhecimento; nem quero o prumo das grandes elucubrações.
MEU poema não é necessário para além de mim...
Só existe razão nos MEUS versos se forem verdades ditas no instante exato do querer...
EU tenho certeza do amanhã em tudo que falo; e quero de ti, amigo leitor:
[surpresa],[comoção],[respeito] e [mordaz crítica quando EU lhe desagradar]...
Não deixas amigo... Minha voz secar; MEU pranto necessita rolar; minha alta voz precisa escalar a montanha íngreme d’alma para no topo ver o outro lado; /LIMIAR\ onde a vida começa e recomeça todos os instantes...
MEU poema não sustenta-se no mediano das obrigações; nem tampouco, nos revoltosos atos da soberba e incompreensão!
EU escuto alma e vozes da multidão para entoar minha canção...
A noite é o receptáculo do MEU silêncio que urde na poesia e declara:
[minha mágoa],[minha ânsia],[MEU contentamento],[minha imperfeição]e [minha dor]...
MEU poema é a incontestável luta entre:
[EU-indivíduo e mundo],[necessidade e realidade],[vontade e possibilidade].
[Sonho e concreto],[EU-lírico e vida privada],[drama e ato].
E EU termino todas as madrugadas à espera de minha sina...
*** (Texto escrito no ano de 2002 e que ainda me identifico bastante com seu conteúdo. Ele estava perdido no começo das minhas postagens e resolvi repostá-lo novamente).
Boa semana galera amiga! Um abraço, Alexandre!