O NASCIMENTO DA LUA

Era final de tarde

Num daqueles dias de março

A terra, em trabalho de parto,

Deixava aparecer o nascimento da lua

Eu que andava vazio de mim

Quase cheio de tudo

Sem vontades para fazer algo

Queria desfilar um rosário de manias

Tinha tesões sumidas

Dos desencontros da vida

Tipo “quem eu quero não me quer”...

Contentei-me a me debruçar

Nas minhas janelas de vidro

Deixando duas lágrimas correrem

A terra enquanto isto deixava a lua nascer...

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13.03.13

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 13/03/2013
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