Do Albergue

Enquanto muitos contam os minutos da hora;

e os passam suados...enquanto ela não vem,

ele apenas dorme (sonhando em ir embora

e em casa poder dormir mais um pouco, também).

E, assim, o tempo passa (sempre sonolento)

nesse seu sono passado-presente-futuro;

como se dormir fosse um eterno momento,

entre os momentos de escalar o tempo do muro...

Muro da recordação, do desejo e medo...

que cerca a crua realidade detenta;

onde o que não é possível, ele inventa

e mantem preso (em sua cela do segredo)

pois, sabe que um dia - mais tarde ou mais cedo-

a liberdade acorda e o inocenta.

12-03-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 13/03/2013
Reeditado em 10/12/2015
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