TESOURA E PAPEL
Era uma vez: um menino
calado, franzino,
mas de olhos espertos.
Passava-se o dia
e a gente esquecia
que ele estava por perto.
Natal se aproximava
e o menino contava
os dias nos dedos.
Mas o dinheiro faltava,
e ele mesmo inventava
seus próprios brinquedos.
Com uma tesoura,
um cabo de vassoura,
um papel cartão...
E ora era um carrinho
ora, um cavalinho
ou um avião.
E assim o tempo passou
e, um dia, desencantou
aquele “papai-noel”.
E nunca mais, os problemas,
resolveram-se apenas
com tesoura e papel.