Homens não Voam

O céu azul e límpido

os anjos tão fingidos

em mentiras caíram

para o inferno fugiram

A luz do Edem sumiu

escondeu-se, fugiu

em terra cais-te, só

sem piedade, sem dó

Como seria a canção

será que outros cantarão?

fúnebre deve ter sido

a despedida do partido

Em lágrimas o céu se viu

o filho que perdido caiu

viver entre seres de maldição

caro o preço da traição

Vil serpente d'asas

assombra vilas e casas

mas não me traz medo

me intriga teu segredo

E tua vista mais que sublime

mais alta que qualquer cume

e ver a terra em imensidão

pobre anjo da perdição

Do céu já não mais pertence

a que lugar realmente pertence?

Mas me pergunto se cantar puderas

qual canção ecoaria pelas eras

Um som fúnebre de despedida

talvez canção de frases perdidas

quem sabe um conto de liberdade

luxúria, pecados de vaidade

Mas sem dúvida há que dizer

com tal beleza pra se ver

quem me dera tal teste passar

e um dia eu poder voar

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 13/03/2013
Código do texto: T4185468
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