A Velhice.
Quando um dia a velhice chegar.
E os olhos bem pouco enxergar.
Os ouvidos pouco escutar.
Voz trêmula no falar.
Mal podendo caminhar.
Apoiado em uma muleta.
Sentado em uma cadeira de balanço.
Com seus cabelos já grisalhos.
Fica a olhar o resto do tempo passar.
Sentindo o vento seu rosto tocar.
Olhando as fotos do seu passado.
Momentos que nunca voltarão.
Relembra os momentos felizes.
Os poucos que ainda se lembra.
As vitória e derrotas.
As conquistas e as perdas.
Os amores e as paixões.
Saudade de um tempo de outrora.
Mas nada é mais triste que a dor.
Não é dor de saudade.
É a dor do abandono.
Largado num canto.
Como um trapo velho.
Esperando o tempo findar.
E então de seus dias descansar.
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Valentim Eccel