4970- GRANDES PESARES EXISTENCIAIS -Poema filosófico - Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

4970- GRANDES PESARES EXISTENCIAIS

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Poema filosófico nº 4970

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

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A criança vai à praia brincar...

Pena, que essa criança cresce

e esquece da beleza do mar.

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Pena, que o dia escurece

e ao cais, os barcos perdidos,

ao lar, não podem voltar...

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Pena, que para ir além do Bojador,

o navegante tem que passar pela dor

da ausência do seu grande amor.

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Pena, que tanta gente põe a culpa

na profundidade das águas salgadas

infindas que oferecem igualdade.

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Pena, que a humanidade pensa

que não precisa respeitar o mar

e lhe toma parte de seu berço.

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Pena, que não se consegue conscientizar:

a natureza é mais forte do que o homem

tão frágil aos ventos, ressacas e tsunamis.

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Pena, que a humanidade ainda não

entendeu que ao viver, está a morrer

a cada segundo, minuto e hora da realidade.

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Pena, que a PAZ seja buscada no exterior

enquanto grita, pulsando dentro do peito,

que traz no sangue sua semente de valor.

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil,

Segunda-feira, 11 de março de 2013.

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http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4183742

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 11/03/2013
Reeditado em 12/03/2013
Código do texto: T4183742
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