KAHOS
Andrajos eu visto
Chinelos furados eu calço
Imagens veladas eu percebo
Semblante sorumbático demonstro
Rosto desfigurado exibo
Em trilhas de pedra eu ando
Relações inconstantes é meu desígnio
E falsos diamantes me mantém vivo
Embora eu os lapide a cada montante
E nessa luta eu prossigo
Esperando meu instante de vitória.
Miragens ingratas eu persigo
Cartas assintomáticas eu escrevo
Escritos resumidos eu leio
Coisas abstratas eu desejo
Sonho inverossímil eu sonho
Em insônia de dissídios eu me perco.
Em potes de geléia sensabor me delicio
Em aquarela incolor eu me desenho
Em espelho sem reflexo eu me espelho
E embora eu não peça eu dou conselhos.
Em odores imperceptíveis eu me embriago
E em porres homéricos eu cambaleio
Em cama de faquir eu me deito
Em lenços transparentes eu me cubro
E uma boca sem dente eu beijo.
Num prato vazio eu como
E numa sobremesa azeda eu recebo
Numa caverna com morcegos eu moro
Com uma sombra com tromba eu converso
Como uma caneta sem tinta eu escrevo.
Meus olhos teimam em enxergar o que nao vejo
Em mentiras absolutas de verdades impolutas eu me acho
E me perder na existência da ausência é meu recreio
E com um fiapo de luz eu quero ver o que aparece num lampejo
E mesmo não tendo todos já descobriram meus segredos.
E uma língua cheia de saliva é meu prato cheio.
Um hálito ácido é o que deve matar minha sede.
E com ar pesado eu anseio minha ofegância
Uns míseros trocados bastam para minha ganância
Então basta de tantas circunstâncias levadas a últimas instâncias
Mire-se nas flores que exibem tanta elegância e nos sorriso infantis gentis
Mesmo diante de tantas circunstâncias destoantes e inconstâncias vis.
Andrajos eu visto
Chinelos furados eu calço
Imagens veladas eu percebo
Semblante sorumbático demonstro
Rosto desfigurado exibo
Em trilhas de pedra eu ando
Relações inconstantes é meu desígnio
E falsos diamantes me mantém vivo
Embora eu os lapide a cada montante
E nessa luta eu prossigo
Esperando meu instante de vitória.
Miragens ingratas eu persigo
Cartas assintomáticas eu escrevo
Escritos resumidos eu leio
Coisas abstratas eu desejo
Sonho inverossímil eu sonho
Em insônia de dissídios eu me perco.
Em potes de geléia sensabor me delicio
Em aquarela incolor eu me desenho
Em espelho sem reflexo eu me espelho
E embora eu não peça eu dou conselhos.
Em odores imperceptíveis eu me embriago
E em porres homéricos eu cambaleio
Em cama de faquir eu me deito
Em lenços transparentes eu me cubro
E uma boca sem dente eu beijo.
Num prato vazio eu como
E numa sobremesa azeda eu recebo
Numa caverna com morcegos eu moro
Com uma sombra com tromba eu converso
Como uma caneta sem tinta eu escrevo.
Meus olhos teimam em enxergar o que nao vejo
Em mentiras absolutas de verdades impolutas eu me acho
E me perder na existência da ausência é meu recreio
E com um fiapo de luz eu quero ver o que aparece num lampejo
E mesmo não tendo todos já descobriram meus segredos.
E uma língua cheia de saliva é meu prato cheio.
Um hálito ácido é o que deve matar minha sede.
E com ar pesado eu anseio minha ofegância
Uns míseros trocados bastam para minha ganância
Então basta de tantas circunstâncias levadas a últimas instâncias
Mire-se nas flores que exibem tanta elegância e nos sorriso infantis gentis
Mesmo diante de tantas circunstâncias destoantes e inconstâncias vis.