Paisagem sem cor
Tristes olhos que se deitam sobre a solidão da rua
Com a imensidão da lua
Feito cego sob a luz a tatear...
Espiam pela a janela a deserta madrugada
Calados, não dizem nada,
Solitários a vaguear...
Em priscas de tempos idos sucumbi em dores, amores...
Que dantes foram-lhes flores
Ora é só saudades.
Encontram-se ao amanhecer, com a aurora, um viver,
E, em novo dia se embeber
Dessa dolorida saudade.