A vila da tristeza

Rua quieta,

linha incerta,

calçada velha

destruída pelo tempo,

chuva do passado,

noites de coitado,

jardim acabado,

dono sem cuidado,

poste sem luz,

altar sem cruz.

Pessoas sem tino,

nem destino,

andam devagar,

sem alegria,

ventania,

desarmonia,

não há “Bom dia!”.

Portas batem acanhadas,

janelas fechadas,

solidão reinante,

futuro de ninguém

amanhã dalém.

Não há esperança,

só lembrança,

Não há amanhecer,

só anoitecer,

Não há viver

somente perecer.

Regiana Amorim
Enviado por Regiana Amorim em 09/03/2013
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