(Gralha Serpente)

em desaforo de poesia

com letras de fogo

na penúria do corpo

um rasgo de ironia

em palavras de aversão

todos os deuses

lendo sua alma

como sendo

o opúsculo secular

de infinita grandeza

oposto da avareza

dos que não têm visão.

pedra de toque,

a gralha

semeou livros

sem saber do furor

da serpente

que nos legaria

confundindo as imagens

em enigmas

no outro lado

da miragem

onde o absurdo

se alojaria.

Poema-homenagem ao escritor tcheco Franz Kafka

José Carlos de Souza
Enviado por José Carlos de Souza em 09/03/2013
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