O Sistema

Acolhe a liberdade nos braços trêmulos,

renegue o convite dos túmulos abertos,

já nasceu vivo sofrido, olhos despertos,

pronto parido para a indústria do fazer.

Mais um coração a se encher do amargo,

mais história de fruto seco ou sem futuro,

mais vitória do sistema em sua repetição,

mais células e alma sem apólice de seguro.

Atormentado com a droga do hiato sensato,

vazio no extermínio das vontades perdidas,

e novamente o decente lamber das feridas,

esperando que amanhã seja um dia de sol.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 08/03/2013
Reeditado em 12/04/2013
Código do texto: T4177744
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