O Sistema
Acolhe a liberdade nos braços trêmulos,
renegue o convite dos túmulos abertos,
já nasceu vivo sofrido, olhos despertos,
pronto parido para a indústria do fazer.
Mais um coração a se encher do amargo,
mais história de fruto seco ou sem futuro,
mais vitória do sistema em sua repetição,
mais células e alma sem apólice de seguro.
Atormentado com a droga do hiato sensato,
vazio no extermínio das vontades perdidas,
e novamente o decente lamber das feridas,
esperando que amanhã seja um dia de sol.