PÁLPEBRAS VERMELHAS
Vejo as pálpebras vermelhas dos poemas
De versos lacrimais em prantos fecundos
Sinos que estouram no peito as catedrais
Corpos de vidros e trincam-se os cristais
E as chuvas que molham as outras folhas
E os ventos que viram as páginas já lidas
Versos de encontros e rimas de partida
Prefácio o começo e o fim em despedida
Vejo as pálpebras vermelhas dos poemas
De versos lacrimais em prantos fecundos
Sinos que estouram no peito as catedrais
Corpos de vidros e trincam-se os cristais
E as chuvas que molham as outras folhas
E os ventos que viram as páginas já lidas
Versos de encontros e rimas de partida
Prefácio o começo e o fim em despedida
Vejo as pálpebras vermelhas dos poemas
Em centenas de palavras e dores de amor
Escritas e eternas juras que viram injúrias
Textos rachados ao espelho em rupturas
Vejo as pálpebras vermelhas dos poemas
De versos lacrimais em prantos fecundos