Redenção-Ce - Riacho das pedras.


 
Araras

Nessa dimensão,
Invade em proporção ainda maior os pensamentos.
Quanto mais a emoção nos detém,  a razão vem
sôfrega apontando um horizonte sem tons. 

Ah se fosse fácil ao descer...  viver!
Apenas trocar a cor do batom,
pegar a estrada,  rir só de felicidade e seguir.
Quanta altitude buscando um reencontro consigo.
E o amor não vê obstáculos,
mas se fez caminhar por entre colinas

sem vertigem  ou medo de calar esse grito
cujo eco perderia-se  ao léu
sem ponto de chegada ou partida.
Nesse fugir, além dos ares por entre estrelas apagadas
e  em queda, condenado à própria liberdade está...


Transformar-me 
em uma arara,  colorida queria
quebrar o silêncio, saindo por ai com mil barulhos!
E  se me escondesse dos perigos  iminentes
em uma dessas árvores ...
Talvez não me adaptaria,  elas necessitam de pequenos
grupos, e eu preciso ficar assim,
irremediavelmente sozinha...
Mas as araras e eu, temos algo em comum, somos fiéis até a morte.
 
         



Redenção-Ce. Riacho das Pedras


 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/03/2013
Reeditado em 19/05/2016
Código do texto: T4176937
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