fora do mundo
Eu, que fora do mundo me encontro
Não sei se o aceito ou se me espanto
Onde me sinto triste e muito preso
Sem um espelho que reflete a contento
Essa imagem que lapido dos escombros
Eu, que abismos sofismei, que ao sol,
À janela neguei , que perdi inocência
E outros credos , fazendo disso meu
Degredo e sentindo a vida sem remédio
Eu, que sou homem e sou menino, que
moro no presente e no passado, que busco
num arcaico agonizante , lugar de bichos
medonhos , separar do mito a realidade
busco um descanso e um cessar , ilha de
pedra e de lume, lugar que na sombra
inauguro , onde conversam a estrela
e o escuro, um canto belo e alegre,
que seja raso e que seja fundo