fora do mundo

Eu, que fora do mundo me encontro

Não sei se o aceito ou se me espanto

Onde me sinto triste e muito preso

Sem um espelho que reflete a contento

Essa imagem que lapido dos escombros

Eu, que abismos sofismei, que ao sol,

À janela neguei , que perdi inocência

E outros credos , fazendo disso meu

Degredo e sentindo a vida sem remédio

Eu, que sou homem e sou menino, que

moro no presente e no passado, que busco

num arcaico agonizante , lugar de bichos

medonhos , separar do mito a realidade

busco um descanso e um cessar , ilha de

pedra e de lume, lugar que na sombra

inauguro , onde conversam a estrela

e o escuro, um canto belo e alegre,

que seja raso e que seja fundo

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 07/03/2013
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