Poema da morte
Chega, se já é sua hora
Vem, busca sem avisar
Deixa um caminho de dor
Muitas faces a chorar
Às vezes você é megera
Noutras alívio traz
Não isenta nem mesmo infância
Sua obra é ceifar
Se brota da mão do homem
Faz dele escárnio ou herói
Se foge pela ação humana
Mais tarde volta e destrói
Certo é que o nosso encontro
Um dia há de acontecer
Espero que não seja em prantos
Suave eu quero morrer.