Poesia - 7
Inda que mostre a face em pranto
à manter-se em vã vaidade
futilidade não entristece o canto
do pássaro que vive em liberdade
Inda que clamando na morte o leito
rogando por um ano a mais na estante
este não manterá batendo ao peito
forte o coração d'um ser errante
Inda que rogue de joelhos, orando
por piedade, que te poupe um pouco mais
o seu rosto, pouco a pouco descorando
tua alma aproxima-se da paz
Inda mesmo que a afaste em maldição
na tolice de viver na eternidade
mantendo alegre haverá uma canção
canção do pássaro, este vive em liberdade