ABAFADO

Quantos olhos a me vigiar, quantos...

Como pesa este nada

Em meus braços

Oco de tudo

Até quando

Trapos irei segurar?

Quantos olhos ferinos

Quanto cerco de foices

Encapuzados a me cercear

Tanto jugo asqueroso, tantos...

Nem uma migalha

De ao menos um sopro

Para respirar