Voce e eu

Você se assusta com meu jeito

Diz que eu não presto

Que o meu corpo fede a álcool

E a algo mais

Detona com minhas esperanças

Diz que sou resto

Mas faz de mim o que deseja

Se satisfaz.

Você me trata feito lixo

E me despreza

Me troca por qualquer criatura

Que se insinue

Me faz ao chão se me ofereço

Me menospreza

Mas cola em mim e não se separa

Sem que eu pactue.

Então eu lambo a borda suja do meu copo

E sorvo dele minh’alma de uma só vez.

Expurgo de mim os seus demônios que me arrasam

E dou descarga em tudo que você já fez.

Então eu lambo a borda suja do meu copo

E sorvo dele minh’alma de uma só vez.

Expurgo de mim os seus demônios que me arrasam

E dou descarga em tudo que você fez.

Você um dia vai cair,

Quebrar a cara

Vai sacar então que não sou sua

E de ninguém

Vai voltar para o inferno de onde veio

Sozinho

E me deixar enfim trilhar em paz

O meu caminho.

Você quer me ver em meio à poeira

Mas dou a volta

Esfrego em sua cara o meu sucesso

Não me rebaixo

Refaço-me qual fênix a cada queima

E isso lhe revolta

Mantenho-me de pé e ergo a cabeça

Lhe esculacho.

Então eu lambo a borda suja do meu copo

E sorvo dele minh’alma de uma só vez.

Expurgo de mim os seus demônios que me arrasam

E dou descarga em tudo que você fez.

Então eu lambo a borda suja do meu copo

E sorvo dele minh’alma de uma só vez.

Expurgo de mim os seus demônios que me arrasam

E dou descarga em tudo que você fez.