PARA CERTA POETISA

Em página aberta, eis que se expõe um poema.
Em cada palavra ou mero fonema,
Revelada a graça, e não só do texto:
Como se vida ele tivesse, fala
E igual a um corpo, fragrância exala,
Seduz e cativa em todo o contexto.

Palavra soa não como se escrita,
Mas, junto à orelha sussurrada e dita;
Remete a cenários e ocasiões reais:
Revelações de fortes sentimentos,
Descrito o melhor de nossos momentos...
Insufla a libido - cargas colossais.

Mobiliza a mente e, inteiro, o coração,
Reage o corpo na incontida erupção.
Fêmea terna, doando-se no aconchego
Protege o homem seu o quanto à cria,
Enleva-o na prosa e mais na poesia.
Total rendição: dela se me achego.


Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 05/03/2013
Reeditado em 06/03/2013
Código do texto: T4173208
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