Réquiem
Venha logo, deixe de frescura...
Pare com essa tortura,
com essa palhaçada.
Não sei o que te segura,
vamos logo nessa aventura,
toda hora sendo adiada.
Venha, já separei as moedas
e espero que o Barqueiro ceda
à minha vontade soberana.
Ouvir, durante a minha travessia,
a beleza única da melodia
do Moldávia, de Smetana.
Venha, vamos acabar com isso,
cumpra logo o seu compromisso,
venha, ainda estou no meu juízo.
Venha, meus braços estão estendidos,
não ouvirá, de mim, nenhum gemido,
mas terá, grato, o meu sorriso.