PRESSENTIMENTO

De longe eu pressinto a sua alma

Chorando em soluços, sem calma,

Procurando no vazio o caminho

De quem perdido fugiu do ninho.

Longe pressinto a agonia do coração

Pulsando na noite em grande tensão,

Agarrado ao terror; corpo tremendo,

Um frio medonho, quase morrendo.

De longe pressinto o vagar dos passos

Ouço sensíveis folhas sentindo amassos

Quando ao chão alguém, sem dó, tombou

Sem forças, sem energia e por ali quietou.

De longe pressenti o sofrimento o choro

A minha alma aflita recebe um belo forro;

Saiu voando alegre para uma nova vida

Sem lembrar a triste dor da despedida.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 03/03/2013
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