sorver
arde, sob o langor aceso, minha alma
morta , outrora clara e viva no bastão
do sol, agora escura e bruta,
singrando o mar, buscando cura;
O véu, já decadente, se firma, por quase
um nada, uma fita, um alfinte, suas pontas
em desalinho faz jura e mostra a face -
"se a deixar pousar" - seu leito será fogo,
o tempo lhe será popa , ternura e bravura
será olhos que choram, e palavras que juram
não lhe oporá barreiras , nem lhe tocará a
névoa, serás da sombra, o descanso
que despreza....e o vento será montanha, e a
energia será tamanha, que o céu tocará a cripta ,
e as pedras te conterão na pele, e as moças
trotarão alegre, largando a coisa antiga