Campos de Escuridão
vi em olhos negros perolados
uma moça que exalava medo
tinha medo de anéis, fitas, pulseiras
tudo o que lembrasse estar preso
Vi em seus olhos negros reluzentes
um sorriso puro, meigo, estridente
e mesmo assim demonstrava medo
ora rindo, ora me dando desprezo
A moça que jaz na languidez de esperar
suas mãos tremulas quebradiças de desejos
por um forte apego, lágrimas pesam no olhar
inquietude, nervosismo, soluços
de trás da fresta dá para escutar,
mas ela teima em querer se esconder
com um laço nos cabelos
e a tristeza no olhar.