Campos de Escuridão

vi em olhos negros perolados

uma moça que exalava medo

tinha medo de anéis, fitas, pulseiras

tudo o que lembrasse estar preso

Vi em seus olhos negros reluzentes

um sorriso puro, meigo, estridente

e mesmo assim demonstrava medo

ora rindo, ora me dando desprezo

A moça que jaz na languidez de esperar

suas mãos tremulas quebradiças de desejos

por um forte apego, lágrimas pesam no olhar

inquietude, nervosismo, soluços

de trás da fresta dá para escutar,

mas ela teima em querer se esconder

com um laço nos cabelos

e a tristeza no olhar.

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 03/03/2013
Reeditado em 30/05/2013
Código do texto: T4169068
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