MENTIR! /
MENTIR!
(Carlos Celso Uchôa Cavalcante-01/março/2013)
Mentir!
É maquiar-se e andar na chuva,
Repudiar os belos dons da vida,
É caminhar num beco sem saída,
É por a mão, já suja, em uma luva.
Mentir!
É alçar voo mesmo sem ter asa,
É iludir-se com as coisas fúteis,
É não olhar os bens que lhes são úteis,
É não priorizar a própria casa.
Mentir!
É omitir solidariedade,
É não sentir-se como criatura,
É não primar a própria compostura,
Ser irreal, viver na falsidade.
Mentir!
Comparativamente é uma finta,
É uma ação que em teu ser reluta,
Tu não enganas só a quem te escuta,
Também a ti, portanto, assim, não minta.
(3o. pág. 170)
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A MENTIRA
Mentira é tapeação,
violação da verdade,
por ação ou omissão,
talvez por temeridade.
Quem mente mora assustado
num castelo de ilusão,
um local mal assombrado
e a mentira é a assombração.
Quem trai é dissimulado,
fingindo ser gente boa,
não passa de um celerado,
forjando mentira à toa.
Na areia edificada
a casa irá desabar,
mentira escrita ou falada
faz o amor acabar.
Com um sorriso falaz
aparentando ter calma,
quem mente será capaz
de vender a própria alma.
(Esta honrosa interação é do poeta ORPHEU LEAL, advogado, professor de yoga, poeta, escritor, participante de várias antologias nacionais/internacionais, agraciado com vários títulos literários, membro da (APALA) academia de letras e artes, nascido em Pirapetinga/MG e radicado no Rio de Janeiro/RJ desde o ano de 1951 - sou grato pela dádiva maravilhosa que é essa participação na minha humilde página). 17/abril/2013.
(Belíssimos versos, também interativos, da exímia Poetisa LUZIA AVELLAR, carioca de Mendes no encantador Estado do Rio de Janeiro, à qual sou grato pela maravilhosa lisonja ao meu humilde versejar) 04 de junho de 2013.
Mentir...
uma forma de não viver
uma metáfora da morte
uma forma de se esconder
quem não vive a valorizar a sorte.
Mentir...
Necessidade mais que premente
daquele que desconhece a verdade
verbo, da incerteza, da semente
que só faz germinar inutilidade.