o poema que estava perdido
no anseio do sim, do não
correndo para lá, bem longe, ou... para cá, bem perto.
eu me lembro de tudo, alguns momentos, alguns movimentos.
corpos quentes, suando frio. contração. contradição. quem entende?
me veja desaparecer enquanto o sol se põe,
atraves das folhas das arvores, com os pés descalços, sempre com medo.
esta frio lá fora, eu não me importo. quem sabe pode estar quente aqui dentro.
não faz muito diferença. sem vontade de continuar, mais nenhuma noite.
não parece ser isso tudo, talvez não seja. eu não sei o que é.
no entanto eu continuo escrevendo e rabiscando
criando a semelhança da sua imagem na minha cabeça, em movimento.
só faltou escrever o seu nome. e o meu. juntos.
e um coraçãozinho no final. mas não, não sou assim.
de mim, não espere corações. quem sabe alguma declaração,
como essa, que não diz nada. de vez em quando eu penso que perdeu
todo o encanto em algum momento, em algum movimento, em alguma parte
dessa historia estranha de dois peixes
que se encontram nesse oceano azul que se chama terra