ASAS
ASAS
Partiram-se como fragmentos de uma vida.
Com perda significativa dos sonhos...
Interpondo-se entre realidades e fantasias!
Daí essa impossibilidade momentânea para o voo.
Daí essa inépcia colossal para voar.
Sem o feitio desses ombros existenciais!
Daí serem terra-a-terra os meus versos.
Rimas que nascem do ventre da terra.
E todo esse furor, todo esse apelo abissal,
Eclodi na pele em emoção consentida.
A minar pelos poros em apropriados frenesis...
A fazer com que meus poemas voem,
Até aonde minhas aspirações ganham asas.
A fazer dos meus versos sonhos,
Até onde meus pés viram asas!
Albérico Silva