Trajetória da Existência
A vida como simples trama
Da própria essência dialética
Na planta embebe a sua história
Cercada de toda essa esfera.
Nascer só depois de plantada
Nascida só depois da tempestade, ruptura
Em flor formosa, formada, odora
Efêmera aurora da plenitude.
Não perder da vicejança o tempo
Não cair antes que beijada for
O prazer, no prazer procuras
O calor do sol,
Do vento o carinho
O gozar imenso e (in) real do lisonjeio
Declina a vida como a flor cai
Evai-se como o perfume carregado pela brisa
Murcha-se como flor ao sol
Evapora a alma, enterra-se a história
E só a dialética tudo retorna.