me conservo aqui

se te pergunto o que escondes e teus olhos em vertígios

se espantam, e tuas mãos finas , antes firmes e decicidas

pela pernas balançam, e tua boca de lábios débeis e

trêmulos se mostra entreaberta e mais cálida do que antes;

se vejo uma mudança de tonus no teu rosto , tua pele se

esmaecendo e um pálido gesto incontido se pronunciando,

mostrando-se, de forma evidente, que a minha pergunta,

antes singela se tornou grave, deixando-te descontente;

eu, num vácuo me entrego, sinto quê o território antes

fácio e direto, agora é impertinente e me torna cego

e volto aonde eu estava, mudo, comigo, me conservo

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 02/03/2013
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