me conservo aqui
se te pergunto o que escondes e teus olhos em vertígios
se espantam, e tuas mãos finas , antes firmes e decicidas
pela pernas balançam, e tua boca de lábios débeis e
trêmulos se mostra entreaberta e mais cálida do que antes;
se vejo uma mudança de tonus no teu rosto , tua pele se
esmaecendo e um pálido gesto incontido se pronunciando,
mostrando-se, de forma evidente, que a minha pergunta,
antes singela se tornou grave, deixando-te descontente;
eu, num vácuo me entrego, sinto quê o território antes
fácio e direto, agora é impertinente e me torna cego
e volto aonde eu estava, mudo, comigo, me conservo