FALAR PORTUGUÊS
Falo meu português trivial
Nem tão bem e nem tão mal
Mesmo não sendo tão culto,
Consigo me expressar,
Fazendo-me compreender.
No ouvir e no falar.
Se sei falar português?
Claro que sim.
Pois é minha língua materna,
Desde bem cedo aprendi,
A falar meu português,
Do meu jeito a cada tempo.
Em minhas primeiras palavras,
No meu dialeto caipira,
Na juventude, as gírias,
Que às vezes ainda uso,
Mesmo nas cacofonias
E nos vícios de linguagem,
Nos erros de ortografia,
No falar do dia-a-dia,
Na imperfeita gramática.
Hoje um pouco melhorado,
Por que hoje sou letrado,
Em ocasiões formais
Eu uso o formalismo,
Mais acertado possível,
Da correção gramatical,
Que pede a língua padrão.
Mas não deixo de falar,
Meu português corriqueiro,
Do paulista ou do mineiro,
Que nas origens eu trago,
Se o português eu estrago
Na visão de um gramático,
Mas com certeza, aprova
O meu falar um linguístico,
Pois no Brasil, todos que falam,
Sabem falar português.