ÚLTIMO POEMA

ÚLTIMO POEMA

Este será meu último poema

Que faço aqui no recanto,

Nunca vi tanto desencanto

Cá dentro de minha alma.

Nunca vi tanta tristeza,

Uma lágrima sobre a mesa

Da poesia dos sonhos

Destes meus olhos tristonhos.

Adeus, adeus camaradas

Parto sem risos, nem choros,

Parto somente comigo,

Com as letras fazendo coros

Dos versos à antiga que fiz.

Digo somente algo belo,

Neste poema singelo.

Poesia é ter tristeza,

É ter também alegria

Nas asas da ilusão,

É voar como o condor,

No céu azul da amplidão.

É rastejar sobre a terra,

Em busca de um amor,

É falar também de dor.

É falar sobre a vida,

Seja rica ou maltrapilha.

Não é falar só do belo,

Pode falar sobre o nobre,

Pode falar sobre o esnobe

Que em todo lugar se encontra.

Eu já disse em um poema.

EU NÃO SOU POETA NÃO.

Sou apenas um poetaço,

Querendo se divertir,

Mas pensaram o contrário,

Que eu sou um refratário

Das coisas novas por vir.

Vou ficar com os meus "causos",

Meus contos de carochinha,

Artigos e coisas mais,

Mas poesia jamais.

Adeus, adeus meu irmão,

Levanto o braço e aceno,

Com o lenço branco da paz,

Na palma da minha mão.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 01/03/2013
Reeditado em 13/10/2015
Código do texto: T4165462
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