RAIO-X
Todos querem um amor.
Todos querem ir pro céu.
Todos querem ser felizes.
Todos querem ser o primeiro da fila.
Todos querem ser amados, queridos e estimados.
Todos querem o amar eterno.
Todos têm medo do inferno.
Todos querem um bom emprego.
Todos querem ter paz de espírito.
Todos querem rir e não chorar.
Todos querem um prêmio ganhar.
Todos querem ter um emprego bem remunerado.
Todos querem passar no vestibular.
Todos querem ter um carro zero do ano.
Todos querem aprovação no concurso público.
Todos querem ser jovens pra sempre.
Todos querem ser belos, sarados, penteados e arrumados.
Todos querem ser magros, ter o tipo que agrada e está na mídia.
Todos querem, mas poucos tem, muitos querem
E continuam querendo apenas e nada fazem para conseguir.
Todos querem atenção, tensão e tesão.
Todos querem fidelidade, todavia não dão.
Todos querem liberdade, mas não a concedem a ninguém.
Todos querem um parceiro ideal, contudo será que são isso pra alguém.
Todos querem ser quem de fato são.
Todos querem viver sem mascaras e amarras.
Todos querem luz, coisas boas, as melhores coisas do mundo.
Todos querem ser ricos e ostentar ego e vaidade.
Todos querem o que às vezes não é preciso.
Todos querem muito e bom sexo, será que dão?
Todos querem perdão, compaixão e a ninguém perdoam.
Todos querem saúde, alegria, folia, viver a vida com poesia.
Todos querem, querem e querem e sempre vão querer.
Todos querem ser o primeiro em tudo.
Todos querem ficar em cima do muro.
Todos querem beijar bem.
Todos querem ter um bom casamento.
Todos querem ter o melhor corpo.
Todos querem fama, poder, todos querem ser o que não são ou o que nunca serão.
Zarondy, Zaymond. Verbos, verbetes, verborragias. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.
Todos querem um amor.
Todos querem ir pro céu.
Todos querem ser felizes.
Todos querem ser o primeiro da fila.
Todos querem ser amados, queridos e estimados.
Todos querem o amar eterno.
Todos têm medo do inferno.
Todos querem um bom emprego.
Todos querem ter paz de espírito.
Todos querem rir e não chorar.
Todos querem um prêmio ganhar.
Todos querem ter um emprego bem remunerado.
Todos querem passar no vestibular.
Todos querem ter um carro zero do ano.
Todos querem aprovação no concurso público.
Todos querem ser jovens pra sempre.
Todos querem ser belos, sarados, penteados e arrumados.
Todos querem ser magros, ter o tipo que agrada e está na mídia.
Todos querem, mas poucos tem, muitos querem
E continuam querendo apenas e nada fazem para conseguir.
Todos querem atenção, tensão e tesão.
Todos querem fidelidade, todavia não dão.
Todos querem liberdade, mas não a concedem a ninguém.
Todos querem um parceiro ideal, contudo será que são isso pra alguém.
Todos querem ser quem de fato são.
Todos querem viver sem mascaras e amarras.
Todos querem luz, coisas boas, as melhores coisas do mundo.
Todos querem ser ricos e ostentar ego e vaidade.
Todos querem o que às vezes não é preciso.
Todos querem muito e bom sexo, será que dão?
Todos querem perdão, compaixão e a ninguém perdoam.
Todos querem saúde, alegria, folia, viver a vida com poesia.
Todos querem, querem e querem e sempre vão querer.
Todos querem ser o primeiro em tudo.
Todos querem ficar em cima do muro.
Todos querem beijar bem.
Todos querem ter um bom casamento.
Todos querem ter o melhor corpo.
Todos querem fama, poder, todos querem ser o que não são ou o que nunca serão.
Zarondy, Zaymond. Verbos, verbetes, verborragias. São Paulo: Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda., 2017.