Sujeição

Acode-me ao cérebro a lembrança d’um toureiro

E sua lança

Era eu aquele guerreiro

Coberto de cores e brilhos

Naquele sangrento terreiro

O sol despencou por detrás da amurada

Agora sou o touro

E a única coisa que almejo

É o brilho da espada entranhado em meus olhos de bicho

A baba escorrendo

O meu destino de lixo

Ajoelhado na poça de sangue

Nos ouvidos a música, o suspense

Nas mãos dele as orelhas

Olés

Morto estou

Aos seus pés