OCULTO
Há tanto mistério oculto na palavras
que estão em silêncio... jamais foram ditas,
nas folhas em branco,
nas teclas sem toque,
naquelas poesias...
que não foram escritas.
Há tanto mistério nos versos calados,
que ficaram mudos, soltos pelo ar,
amores sofridos,
lágrimas caídas...
escondem num canto o triste calar.
Há tanto mistério no quarto fechado,
na noite intranquila de saudade intensa,
no sonho enterrado,
na fala embargada...
no choro escondido,
neblina tão densa.
Rasgado é o pranto, no oculto das horas,
onde nada vibra... onde ninguém vai,
e o verso calado,
e o poema mudo,
não contêm a dor...
pelos olhos sai!