em três tempos

a terceira margem

o que lá não está

e volta e meia

volto a buscar

resisto

a te deixar

obscura estrela

fogo a queimar

a ponta do dedo

as contas do terço

a sua luz

não me custa esperar

enquanto na praça

faço o rádio taissô

e penso naquilo que guardo

no tanto que aguardo

duas setas transpassam

o céu que parece um mar

passado e futuro no mesmo lugar