encontro

tu, que andas torto e sem destino

de susto, quase bêbado, percebe

outro destino, uma mulher bela

e alegrem tal, que até o abismo

lhe faz sentido...

sem recurso ou repertório vê seu

corpo em contorce, imagina-se

plebeu ou um distante nobre, tudo

pra se diferenciar, pra fugir do que

lhe toca...

sabe da noite escura, pois lá,

se perdeu em muitas buscas ,

da solidão desmedida que em

verdade era mentira;

agora de frente como espelho, nos olhos

que lhe afrontam , de uma boca que

é pecado, finge ser um ponto morto

um rio que anda torto, que não quer

chegar ao mar, e finge-se de morto