Foi Como Ventania essa Nostalgia

Deixei o vento ir distante

e carregar as folhas e as letras

com olências de pétalas e relvas

e as saudades ficaram nas raízes.

E o tempo ao relento cansou de passar,

e a falta de abelhas nas flores do amor

ficaram sepultadas junto aos romancistas

e nas trovas legados de impossíveis paixões.

Deixei que as águas lavassem meu rosto

e as mazelas se desfizeram nos regatos

regados a sangue e os peixes eram flechas

mortíferas esperando a guerra do último verão.

E o tempo correu cascatas e ao mar

dos conflitos, tão só navegou a deriva

e as vidas passaram depressa qual ósculo tardio

que meus olhos não viram quando você partiu.

Deixasse que fosse a cavalos alados

e o som dos relinches cantariam a sua morte

mas, se foi e tão viva olhou para trás e sorriu

um sorriso discreto que acolhi no âmago de mim.

E o tempo que a muito voo como sopro, voltou

trazendo nostalgias vadias que assolam entre trevas

mas, se desfazem nas rezas noturnas quase tão soturnas

e um grito ecoa sozinho na encruzilhada do amanhecer.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 28/02/2013
Código do texto: T4163969
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